Formandos de 2016 têm mais desafios
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Confira a seguir minha participação em matéria publicada no Jornal A Tarde.
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Cezar Almeida
Gosto de plantas e atualmente tenho mais de 50 vasos em casa. Não tenho jardineiro, sou eu mesmo que as cuido: rego, adubo, podo, replanto e faço mudas. Os últimos dois meses do ano passado foram bastante intensos e eu tive que fazer muitas viagens profissionais que acabaram emendando com o recesso de final de ano, confraternizações com amigos e família, viagem de férias, enfim, passei menos tempo em casa e as plantas sofreram com minha ausência. O resultado foi que quase metade delas foram atacadas por vários tipos de insetos, desses que se instalam nas folhas e troncos e se alimentam da seiva das plantas, retirando nutrientes necessários para sua sobrevivência e crescimento saudável.
Eu precisava escolher qual método para acabar com os insetos eu iria utilizar (tomar uma decisão) e uma vez escolhido os produtos, comprar e aplicar (agir), foi o que eu fiz. Pesquisei quais eram os insetos (a causa do problema) e qual o melhor método para lidar cada um (as melhores soluções). Durante o processo, notei que hesitei algumas vezes porque eu receava que os produtos pudessem afetar as plantas, afinal se faziam mal a insetos e a humanos (era recomendado que eu utilizasse luvas e evitasse contato com a pele quando fosse aplicar), poderia de alguma forma prejudicar uma plantinha tão delicada como uma orquídea, por exemplo. Mas eu precisava correr o risco para ter de volta minhas plantas saudáveis e bonitas.
Nas organizações podem acontecer situações parecidas com essa que vivi no meu jardim. Às vezes, por conta de algum aspecto conjuntural ou até mesmo pessoal, gestores não dão a atenção devida ao negócio por algum tempo e isso pode fazer com que os resultados comecem a minar, assim como a seiva das minhas plantas estavam sendo desviadas para alimentar insetos parasitas.
O que é preciso fazer em primeiro lugar é diagnosticar qual é o problema e quais são as causas do problema. Atacar o sintoma não resolve, é preciso descobrir qual o motivo dos resultados estarem abaixo do esperado. As minhas plantas estavam com as folhas feias e secas e eu poderia acreditar que isso se dava por falta de nutrientes do solo. Caso tivesse pensado assim, a solução que teria adotado seria adubação e eu teria atacado o sintoma, não a causa do problema. Os insetos ainda continuariam lá e eu estaria fornecendo a eles, e não as plantas, os nutrientes que adicionei ao solo. Muitas decisões baseada em diagnósticos imprecisos podem jogar dinheiro e outros recursos no ralo.
Depois de identificado corretamente o problema e a sua causa, é preciso avaliar qual a solução é a mais indicada. No meu caso, eu escolhi três tipos de substâncias, duas naturais e uma química. As naturais tinha pouco efeito colateral, mas a química poderia afetar a minha saúde e a das plantas. Tive receio, mas segui em frente apesar disso, afinal, eu não podia deixar de resolver o problema por conta do risco de dar errado. Nas organizações é assim também que ocorre, temos que tomar decisões e agir, apesar do risco de falhar e do remédio ser pior do que a doença. Podemos minimizar os efeitos colaterais tomando cuidados, agindo com cautela, mas é preciso sempre atacar o problema. Por exemplo, pode-se aplicar o coquetel anti-inseto apenas em algumas plantas para observar seus efeitos e só depois pulverizar todo o jardim, assim como em uma organização o gestor pode testar sua ideia em algum produto ou unidade específica antes de replicar para todo o sistema. Pode ainda acontecer que a primeira ação tomada não seja a que vai resolver o problema, mas poderá levar a outra e assim ajudar a construir a solução ideal para ajustar o processo ou o produto e atingir os resultados esperados.
Empresários e executivos precisam observar se existe alguma coisa minando os resultados dos negócios. Ás vezes esta bem aparente, basta parar e observar, já em outros casos é preciso investigar um pouco mais, olhar mais de perto e até pedir ajuda de um diagnóstico especializado. Nem sempre a gente vai saber a causa para ataca-la de imediato, mas é preciso investir tempo para ir além dos sintomas para encontrar a solução adequada.
Já exterminei os insetos de quase todas as plantas e meu jardim está voltando a ficar livre de pragas. Algumas plantas já até floriram, mas ainda duas orquídeas precisam de cuidados especiais por mais um tempo e eu vou persistir até acabar de vez com a infestação. E na sua organização, tem parasitas minando os resultados e jogando recursos para o ralo? Caso seja este seu caso, faça o diagnóstico, tome sua decisão e siga em frente.
Fique bem e seja feliz.
*por Cezar Almeida
Muitos gestores se deparam com um dilema diário muito comum organizações mundo a fora: vender mais. Muitas horas de reuniões, estratégias, visitas, atendimento, divulgação e diversas outras ações são pensadas e executadas em companhias de todo o planeta, todos os dias, para que seus produtos e serviços tenham maiores volumes de vendas.
O que muitas vezes observa-se ao treinar gestores e equipes de vendas é que, apesar de seus líderes serem competentes e muitas vezes também suas equipes, a pressão por vender e por resultados acaba tirando o foco do principal fator em um processo comercial: o cliente. Estar verdadeiramente interessado no cliente é fundamental para conseguir diagnósticar como e se o produto ou serviço que temos para oferecer conseguirá atender às necessidades dele.
Mas de onde pode vir esta falta completa de atenção e cuidado com o cliente e de que forma pode-se resgatá-la se este for o caso de sua companhia? Ninguém pode afirmar categoricamente, sem conhecer a fundo a realidade de uma empresa, de um mercado e também de uma equipe, qual estratégia deverá ser adotada para que o cliente volte a ser foco. Porém uma coisa pode-se afirmar que atrapalha manter o foco no cliente e é vista em muitas pessoas, sejam da área comercial ou não: o autocentramento.
As pessoas autocentradas só pensam em si e tem muita dificuldade de ter empatia e se colocar no lugar do outro, realmente entregar-se ao outro por um momento, entender seu ponto de vista e ouvir com tudo que tem. Recentemente, ouvi de uma especialista sobre o comportamento humano que o autocentramento tem se manifestado cada vez mais de tal forma que as pessoas, ao ouvirem algo sobre um tema, acabam logo falando de si cada vez mais. Coisas do tipo: alguém fala “eu sou do signo de leão” e a outra pessoa já responde “e eu de virgem!”. Ou também um outro pode dizer “acabei de chegar da Europa” e seu interlocutor já fala “eu fui aos Estados Unidos ano passado”. Mas quem perguntou o signo ou para onde a outra pessoa viajou? Ninguém! Mas se o assunto é o zodíaco, viagem ou qualquer outro tema, pessoas autocentradas querem logo dar a sua opinião e falar de si. Nas vendas, acontece a mesma coisa. Porém o que o cliente quer e precisa é de alguém que o ouça, entenda e apresente alguma solução que atenda uma necessidade, resolva um problema ou lhe traga algum benefício.
Precisa-se então, para conseguirmos vender mais com o foco no cliente, praticar o interesse desinteressado. Apesar de termos metas e foco no resultado de nossas ações, vendedores precisam entender minimamente quem é o cliente e o que ele quer para encontrar a melhor solução para ele, seja em uma loja de roupa ou na indústria aeronáutica, tanto faz o mercado ou o produto. A pessoa do outro lado, o cliente, tem que ser o foco no contato da venda. Controlar a ansiedade, fazer perguntas e calar a boca para ouvir as respostas são práticas indispensáveis para quem quer se interessar mais pelos seus clientes, descobrir suas necessidades e, só depois disso, mostrar para ele que seu produto ou serviço é uma solução viável. Assim, ficará muito mais fácil convencer o cliente e vender mais.
Exercitar isso no início será um desafio para muitas pessoas, mas com o tempo e sempre em mente e no coração o foco no cliente, é possível que esta prática se torne tão natural que a gente nem mais perceba. Quando chegar este momento, além de construir uma carteira de clientes fiéis e engajados com a sua companhia, é possível também fazer verdadeiros amigos ao longo desta estrada. Vender é relacionar e não há melhor maneira para construir boas relações ao longo da vida do que se interessar de maneira integral ao outro, nem que seja por um tempo pequeno do seu dia.
Gerenciar necessidades e preferências de diferentes gerações em uma mesma empresa. Entender – e ajudar a reverter – os baixo índices de engajamento. Definir o valor financeiro de um talento, em um mercado competitivo. Investir em um profissional que pode deixar a empresa amanhã. Estes são alguns dos dilemas que ocupam a cabeça, o tempo e os investimentos dos gestores de RH de grandes empresas atualmente.
A seguir, os principais temas abordados no Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas – CONARH 2014, que acontece até quinta-feira (21/08) no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
O cenário: grande incerteza e risco no mundo dos negócios
Em um contexto global e incerto, a responsabilidade do RH de oferecer suporte e oportunidade de desenvolvimento para os executivos se torna mais importante. E complexa. Christian Orglmeister, sócio do Boston Consulting Group (BCG), sugere que os empresários invistam em uma gestão estratégica de carreira e sucessão de seus funcionários, ampliando a formação de talentos dentro das empresa. Além de garantir profissionais com conhecimento e experiência na área, os alto custos com contratação são evitados.
Outro ponto levantado por Orglmeister é a necessidade de cultivar um RH estratégico, próximo do negócio e, portanto, capaz de efetivamente ajudar o CEO e outros tomadores de decisão a identificar a pessoa adequada para cada posição. “É preciso entender o trabalho de cada um. Não só o que fazem, mas por que fazem”, afirma ele.
Elevada expectativa dos empregados, mas baixo engajamento
Uma pesquisa global, apresentada pelo palestrante Jim Harter, Ph.D., cientista-chefe da área de gestão de ambiente de trabalho e bem-estar da Gallup, mostrou que 62% dos empregados não estão engajados nas empresas em que trabalham (mas também não estão ativamente desengajados); 24% estão, de fato, desengajados; e apenas 13% estão engajados. Especificamente no Brasil, os números são um pouco melhores, mas ainda preocupantes: 26% se dizem engajados, em comparação a 62% indiferentes e 12% desengajados.
Para reverter quadros como esse, os altos salários são uma das mais fortes moedas de troca. No Brasil, a remuneração dos executivos está acima da média mundial por causa da intensa disputa entre as empresas pelos mais talentosos. “Mas isso certamente será questionado daqui para frente”, afirma Leyla Nascimento, presidente executiva da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e organizadora do CONARH. “Diante de uma economia que caminha para a estagnação, os empresários vão fazer uma reflexão sobre até onde ir no momento de fazer novas contratações”.
Outra arma do RH para atrair e reter os profissionais, que por enquanto só dá sinais de crescimento, são os variados cardápios de benefícios.“Hoje, os jovens querem, por exemplo, trabalhar em uma unidade da companhia fora do país ou fazer um curso que o desenvolva na carreira, pago pela empresa”, afirma Leyla.
Os investimentos nos profissionais são altos. Mas a recíproca, em muitos casos, não é verdadeira. É comum que a concorrência ofereça um pacote maior ou melhor – ou ainda, uma oportunidade mais desafiadora e, com isso, leve o funcionário. Há também os profissionais que preferem os empregos públicos, e aqueles que têm perfil empreendedor e deixam a companhia para abrir o próprio negócio. “Muitos das novas gerações estão seguindo esses caminhos. Acham que as empresas não correspondem às suas expectativas e que são lugares chatos para trabalhar.”
Gestão de gerações
Administrar até quatro gerações de funcionários em uma mesma empresa também é um desafio para o RH. As implicações não se resumem a estilos diferentes de trabalhos, que podem criar conflitos no dia a dia. Os próprios benefícios oferecidos têm que ser revistos e customizados para cada perfil. “Enquanto os mais jovens querem cursos e outras oportunidades de se desenvolver na carreira, os mais velhos se preocupam com a previdência privada e a participação nos lucros”, afirma Leyla, da ABRH.
Baixa produtividade e qualificação dos profissionais
Enquanto a elite de talentosos é disputada pelas empresas, há uma turma grande que, segundo Leyla Nascimento, não passa no quesito “qualidade técnica”. “É um reflexo dos problemas do sistema educacional fundamental, médio e superior do Brasil”, diz ela. “Em um processo de recrutamento, você rapidamente percebe que falta qualidade. Quem não lê, não consegue escrever nem se expressar bem”.
De acordo com a executiva, não há um alinhamento entre o que ensinam as universidades no Brasil e as necessidades do mercado de trabalho. “Participei de uma apresentação do governo do México, recentemente, em que eles mostravam o plano para os próximos dez anos. Esse plano incluía as indicações para as universidades visando suprir as deficiências do desenvolvimento econômico”, diz ela. “No Brasil, não temos esse planejamento. Continuamos formando pessoas para mercados inexistentes, e para mercados em alta ainda não conseguimos uma quantidade suficiente de profissionais dentro do país”. Segundo ela, uma das saídas adotadas por algumas empresas é a busca de europeus, especialmente portugueses e espanhóis.
Cooperação interna
Se no mercado a competitividade é grande, dentro da empresa a sugestão dos consultores é que os gestores de RH ajudem a criar um ambiente colaborativo. “Estimule e recompense aqueles que cooperam”, diz Christian Orglmeister, do BCG. “E faça com que os que não cooperam assumam os custos”.
Tecnologia
O avanço tecnológico foi apontado como um dos cinco tópicos de atenção daqui para a frente, no cenário de negócios, por Blair Sheppard, líder global de estratégia e desenvolvimento de liderança da PwC, no 14º Fórum de Presidentes, realizado com a presença de 120 CEOs, no domingo passado. As conclusões do Fórum foram comentadas na abertura do CONARH, com os presidentes Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e Cledorvino Belini, da Fiat. O tema tecnologia tem sido recorrente entre os palestrantes.
A automatização de processos burocráticos, como folha de pagamento, avaliação de desempenho e análise de cargos e salários, por um lado, libera os profissionais de RH para as atribuições mais estratégicas. Por outro lado, cria uma nova demanda de trabalho, para analisar os resultados, além de aumentar a exigência para todos. Isso porque agora, há mais indicadores de performance para medir o desempenho dos demais funcionários. “São medidos até os processos de recrutamento e seleção”, afirma Leyla, da ABRH. “Se demoramos mais ou menos tempo do que o esperado, quantos candidatos estavam na lista inicial, mas acabaram não seguindo na seleção, e os motivos que levaram a isso.”
FONTE: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/08/o-brasil-continua-formando-profissionais-para-mercados-inexistentes.html
Ministrando um treinamento esta semana, um participante me fez uma pergunta baseada em um texto do manual que falava sobre despersonalizar erros.
Estou indo daqui a pouco fazer uma entrevista na TV Itapoan sobre trabalho temporário.
A jornalista me ligou e perguntou quais são as dicas e cuidados que devem ter o empregador e o empregado nessa temporada de vagas temporárias que temos todos os anos em função das vendas do natal.
Abaixo reuni algumas dicas abaixo que irei compartilhar com ela.
Dicas para o empregado
1. Vá além do que é esperado
Ao fazer isso você mostra para a empresa seu interesse e potencial
2. Relacione-se
Busque conhecer e se enturmar com os seus colegas
3. Aceite fazer tudo (ou quase tudo)
Não fuja de trabalho. Patrões valorizam aqueles que estão dispostos às mais diversas funções
4. Pratique boas relações humanas
Os princípios do livro Como Fazer Amigos e Influenciar pessoas ajudam nisso. Alguns deles: seja um bom ouvinte, valorize as pessoas, se interesse pelos outros, fale de coisas que interessam os outros e chame as pessoas pelo nomes.
5. Seja você mesmo
Nada de criar um personagem! Mesmo quando se sabe que está sendo observado 24 horas por dia como no Big Brother, as pessoas acabam mostrando quem elas são um momento.
6. Não seja puxa saco!
A credibilidade de pessoas bajuladoras é sempre questionada em um dado momento
7. Saiba trabalhar com as pessoas
O trabalho em equipe é fundamental nas empresas. Desenvolva bem a sua parte, mas saiba trabalhar com os outros.
8. Pense positivo
Tenha em sua mente pensamentos de prosperidade. Caso não seja dessa vez, será da próxima que você vai ter seu emprego.
Dicas para o empregador
1. Faça um bom recrutamento e seleção dos candidatos
Com isso você terá mais chances de encontrar uma pessoa interessante para a empresa.
2. Dê feedback
Não é porque é temporário que a empresa não vai dar atenção. Diga aos funcionários (temporários ou não) sempre o que está bom e o que pode melhorar. Lembre-se de utilizar relações humanas para lidar com os pontos negativos
3. Tenha cuidado com os aspectos trabalhistas
Converse com o responsável pelo setor pessoal da empresa ou o seu contador sobre todos os aspectos legais envolvidos na contratação de temporários, afinal de contas eles serão funcionários da empresa por um tempo, devendo ter direitos e deveres cumpridos
4. Observe o colaborador
Sempre que tiver um tempo, observe como o seu funcionário temporário está atuando, como ele executa a atividade, qual é a sua postura, etc.